
Setor de arquibancada do Estádio do Central é interditado pela Defesa Civil
A Secretaria de Segurança Municipal (SSM), por meio da Defesa Civil de Caruaru, informa que, em cumprimento a uma recomendação
O AVC (Acidente Vascular Cerebral) é uma das principais causas de morte no mundo e também uma das que mais deixam sequelas. Infelizmente, ele atinge com mais força as pessoas em situação de maior vulnerabilidade social, que têm menos acesso à saúde e mais dificuldade para controlar doenças como pressão alta e diabetes, que são fatores de risco para o AVC.
Por isso, conhecer os fatores de risco é fundamental para prevenir esse problema, e o reconhecimento dos sinais é de extrema importância para garantir um atendimento rápido e eficaz. Quanto mais cedo a pessoa recebe atendimento, maiores são as chances de recuperação. E o melhor: muitos AVCs podem ser evitados com mudanças no estilo de vida e acompanhamento médico.
Conhecimento salva vidas — inclusive a sua.
Idade – O risco dobra a cada dez anos após os 55 anos e aumenta ainda mais após os 65 anos de idade.
Sexo Masculino – risco 30% maior
Etnia – É observado um maior risco em afrodescendentes, hispânicos e asiáticos, em comparação a caucasianos.
Histórico familiar – parentes de primeiro grau com AVC
Hipertensão arterial – Principal fator de risco.
Diabetes – Níveis elevados de glicose danificam os vasos sanguíneos.
Colesterol alto – Contribui para a formação de placas nos vasos que ficam no cérebro
Tabagismo – Dano direto aos vasos sanguíneos e aumento da pressão arterial.
Sedentarismo e obesidade – Associados a múltiplos fatores de risco.
Consumo excessivo de álcool – Pode elevar a pressão arterial.
Fibrilação atrial – Arritmia cardíaca que pode formar coágulos.
Ansiedade – pode aumentar o risco em mais de 30%
Os sinais do AVC podem ser memorizados por meio da frase em inglês “BE FAST”, que, traduzida, significa “seja rápido”.
O B vem de Balance, que significa equilíbrio — a pessoa pode apresentar tontura ou dificuldade para andar.
O E representa Eyes, ou olhos — a pessoa pode ter alterações repentinas na visão, como visão turva, visão dupla ou perda parcial da visão em um ou ambos os olhos.
O F vem de Face, porque um lado do rosto pode parecer caído ou sem movimento. Você pode pedir que a pessoa sorria; se o sorriso ficar torto, é sinal de alerta.
O A vem de Arms, ou braços — um deles pode ficar fraco ou dormente. Para observar, peça para a pessoa levantar os dois braços ao mesmo tempo; se um deles cair ou não subir, é um sinal importante.
O S representa Speech, que quer dizer fala. A pessoa pode apresentar dificuldade para falar, pronunciar palavras de forma estranha ou não conseguir compreender o que está sendo dito.
O T significa Time, ou tempo. Ao perceber qualquer um desses sinais, é fundamental agir imediatamente e chamar o serviço de emergência (SAMU – 192). Cada minuto conta: quanto mais rápido for o atendimento, maiores são as chances de recuperação e menores os riscos de sequelas graves.
Referências:
AMERICAN STROKE ASSOCIATION. Stroke Symptoms. American Heart Association. Disponível em: https://www.stroke.org/en/about-stroke/stroke-symptoms. Acesso em: 8 maio 2025.
GREENBERG, David A.; AMINOFF, Michael J.; SIMON, Roger P. Neurologia clínica. 8. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2014. E-book. p.413. ISBN 9788580553550.
STACK, Katie; ROBERTSON, Wendy; BLACKBURN, Clare. Does socioeconomic position affect knowledge of the risk factors and warning signs of stroke in the WHO European region? A systematic literature review. BMC Public Health, v. 20, p. 1-12, 2020.
Apneia nada mais quer dizer que “interrupção temporária da respiração”, logo a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono é quando algum obstáculo impede a passagem do ar pelas vias aéreas e acaba gerando um esforço da inspiração que o pulmão não consegue suprir.
A obstrução acontece pela “queda” da base da língua e do palato mole que é a parte posterior do céu da boca que acabam fechando a passagem do ar pela orofaringe.
Fonte: Autoria Própria (2025). Baseado em Prado et al. (2010)
Os sintomas incluem acordar de madrugada durante o sono, sentir que está engasgado nesse momento e notar os batimentos do coração acelerados e pressão elevada. Muitas vezes o a pessoa que possui o síndrome não nota os vários despertares noturnos e pode ter como único sintoma percebido uma fadiga ao acordar, como se a noite de sono não tivesse sido suficiente para o descanso.
Se você tiver esses sintomas você deve procurar um médico e descrever o seu caso, na desconfiança dessa síndrome o médico solicitará uma polissonografia. O exame de polissonografia é um exame que registra a atividade cerebral, respiração, batimentos cardíacos, movimentos e oxigenação durante o sono. O exame pode ser avaliado por diversas especialidades médicas, mas em especial o neurologista, outras especialidades que você pode procurar são pneumologistas, otorrinos, clínicos gerais, psiquiatras e médicos do sono.
Se você conhece alguém que não tem dormido bem, já envia nosso artigo para essa pessoa!
Referência:
PRADO, Bruno Nifossi et al. Apneia obstrutiva do sono: diagnóstico e tratamento. Revista de Odontologia Da Universidade Cidade de São Paulo, v. 22, n. 3, p. 233-239, 2010.
O blues puerperal, em outras palavras, a tristeza pós-parto é uma condição muito comum e estima-se que ocorra em mais da metade das mulheres nas primeiras semanas após o parto. A depressão pós-parto, principalmente mais grave, é mais suscetível entre mulheres que sofrem de tristeza pós-parto. Diferenciá-las será o foco do nosso artigo de hoje.
Durante a gravidez, os níveis dos hormônios progesterona e estradiol aumentam drasticamente. Após o parto, esses hormônios sofrem uma queda brusca com a saída da placenta. Essa “retirada hormonal” pode impactar o cérebro da mulher e contribuir para a tristeza pós-parto e depressão. Outros fatores biológicos também estão envolvidos, como alterações na tireoide e no eixo hormonal do estresse.
Logo após o nascimento do bebê, muitas mulheres passam por um turbilhão de emoções. Entre elas, a tristeza pós-parto, também chamada de blues puerperal, é extremamente comum. Estima-se que mais da metade das mulheres experimentem essa condição nas primeiras semanas após o parto.
Ela se caracteriza por um conjunto de sintomas leves e passageiros como:
Irritabilidade
Esses sintomas costumam começar entre o 2º e 3º dia após o parto, atingem o pico em alguns dias e desaparecem sozinhos em até duas semanas.
Se os sintomas não desaparecem após duas semanas, ou se forem mais intensos e duradouros, é possível que se trate de uma depressão pós-parto (DP), uma condição mais grave que exige acompanhamento médico.
A DP é um transtorno com sintomas depressivos moderados a graves, que pode aparecer nos primeiros meses após o parto. Ela afeta não só o bem-estar da mãe, mas também a relação com o bebê e com a família. Alguns sinais de alerta incluem:
A depressão pós-parto pode prejudicar o desenvolvimento emocional, cognitivo e social da criança — por isso, o cuidado com a saúde mental da mãe é essencial.
Nem sempre um quadro depressivo no pós-parto é o que parece. Mulheres com histórico de transtorno bipolar (TB) podem ter episódios de mania ou hipomania nesse período. Por isso, o diagnóstico deve ser feito por um médico psiquiatra, que avaliará com cuidado cada caso.
Se você ou alguém próximo apresentar sintomas persistentes após o parto, procure atendimento médico de preferência um psiquiatra. O tratamento de cada mulher deve ser individualizado de acordo com histórico pessoal e condições socioeconômicas. Pode ser realizado através de apoio psicológico, medicamentos e, principalmente, uma rede de apoio acolhedora.
Cuidar da mãe é cuidar do bebê.
Referências:
A pneumonia é uma inflamação nos pulmões causada, na maioria das vezes, por infecções bacterianas, virais ou fúngicas e numa menor incidência também pode surgir após a inalação de substâncias químicas. Quando essa infecção é contraída fora do ambiente hospitalar, recebe o nome de pneumonia adquirida na comunidade (PAC). Apesar de tratável, a PAC é uma das principais causas de morte no mundo e está entre os maiores responsáveis por internações e complicações respiratórias.
Sintomas: como identificar?
A pneumonia pode começar de forma leve, com sintomas parecidos aos de um resfriado comum, mas também pode evoluir rapidamente e se tornar grave. Os sinais mais frequentes incluem:
Náuseas, vômitos ou diarreia podem estar presentes e em idosos pode haver confusão mental repentina, mesmo que sem febre ou tosse.
Nos casos mais graves, a pneumonia pode causar queda de pressão, falência de órgãos e até problemas cardíacos, como infarto ou piora de uma insuficiência cardíaca preexistente especialmente em pessoas com mais idade ou doenças crônicas como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) que agravam o quadro infeccioso.
Diagnóstico: precisa mesmo de raio-x?
A radiografia de tórax ainda é um exame muito usado para confirmar a pneumonia, em conjunto com a conversa clínica (anamnese) e o exame físico, principalmente nos serviços de emergência. No entanto, as novas diretrizes brasileiras apontam que, nos serviços de consultas ambulatoriais (aquelas realizadas em hora marcada) nem sempre o raio-x está disponível de imediato. E, nesses casos, se o médico estiver seguro quanto ao diagnóstico com base nos sinais e sintomas, já é possível iniciar o tratamento sem a necessidade do exame.
Tratamento:
O tratamento da PAC costuma começar com antibióticos, mesmo antes de se saber qual é o agente causador uma vez que os testes para defini-los levam tempo para ficarem prontos. Esse tipo de abordagem é chamado de “tratamento empírico”, e sua escolha depende de vários fatores, como:
É importante lembrar que o tratamento deve sempre ser prescrito por um médico, pois o uso inadequado de antibióticos pode trazer riscos, além de contribuir para a resistência bacteriana.
Referências:
CORRÊA, Ricardo de Amorim et al. Recomendações para o manejo da pneumonia adquirida na comunidade 2018. Jornal Brasileiro de Pneumologia, v. 44, p. 405-423, 2018.
JAMESON, J. Larry et al. Medicina interna de Harrison. 20. ed. Porto Alegre: McGraw-Hill, 2020.
Por acaso você já ouviu falar que tomar suco de laranja junto com o almoço ajuda a evitar anemia? Isso tem tudo a ver com como o nosso corpo absorve o ferro dos alimentos. Vamos entender isso de um jeito simples.
O ferro é um mineral essencial para a vida humana, pois ele ajuda no transporte do oxigênio pelo corpo, fortalece a imunidade, dá energia e participa de várias outras funções importantes. Dessa maneira, sem ferro suficiente, podemos desenvolver a famosa anemia por deficiência de ferro, que deixa a gente cansado, fraco e até com dificuldade de concentração.
A deficiência de ferro é um problema sério que é muito comum no mundo todo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 27% da população mundial sofre com anemia ferropriva. Isso afeta principalmente bebês, crianças, adolescentes e gestantes, podendo causar desde atraso no desenvolvimento até parto prematuro.
Existem dois tipos de ferro nos alimentos:
O ferro heme, que é encontrado em alimentos de origem animal, como carnes, aves e peixes — e que é mais facilmente absorvido pelo nosso corpo.
E o ferro não heme, presente em vegetais, grãos, feijões, nozes e frutas — que é mais difícil de ser absorvido.
Mesmo que a gente consuma bastante ferro na dieta, o corpo só consegue absorver uma pequena parte. E isso pode ser ainda mais difícil se a alimentação tiver alguns “inimigos do ferro”, como cálcio em excesso, fitatos (presentes em alguns grãos e cereais) e polifenóis (encontrados, por exemplo, no chá).
É aí que entram as frutas cítricas, como a laranja, a acerola, e o limão. Essas frutas são ricas em vitamina C (ou ácido ascórbico), que ajuda bastante na absorção do ferro não heme, aquele presente nos vegetais.
Como isso funciona? A vitamina C transforma o ferro em uma forma mais fácil de ser absorvida pelo intestino. Ela age como uma ajudante química: se liga ao ferro, mantém ele solúvel no ambiente do intestino e ainda o converte para a forma que é a única que o nosso corpo consegue aproveitar de verdade.
Mas tem um detalhe importante: a vitamina C só ajuda se for consumida junto com o alimento que tem ferro. Então, nada de consumir a fruta horas depois do almoço! O ideal é consumir tudo junto. Por isso, a dica é simples e poderosa: coloque frutas cítricas na sua rotina alimentar, especialmente junto das refeições ricas em ferro vegetal. É uma forma natural e eficaz de cuidar da sua saúde, com sabor e praticidade.
Referência:
PISKIN, Elif et al. Iron absorption: factors, limitations, and improvement methods. ACS omega, v. 7, n. 24, p. 20441-20456, 2022.
A dor lombar pode se manifestar de diferentes formas, isso vai depender de qual tipo de lesão a dor advém. A dor lombar localizada ou mec é quando temos inflamação de alguma parte da coluna que em geral acontece por causa de excesso de peso, esforço ou trauma; já a dor radicular ocorre compressão ou irritação dos nervos que passam pela coluna vertebral e costumam fazer com que a dor se estenda para as pernas. Ainda, existem, menos frequentemente, casos em que há dor por causa de uma alteração na forma como o nosso centro nervoso processa a dor, mesmo que não haja uma lesão evidente, o que costumamos chamar de dor lombar não específica.
Uma mesma pessoa pode ter esses diferentes tipos de dor ao mesmo tempo. Por exemplo, uma pessoa com hérnia de disco pode sentir tanto dor lombar localizada quanto dor radicular, ou ainda podem ter apenas um dos tipos de dor.
Assim, para que se possa cuidar de uma dor na coluna é de extrema importância saber qual a causa dela.
A dor radicular é mais comumente associada à hérnia de disco e estenose espinhal que é quando ocorre o estreitamento de um canal na coluna por onde passam os nervos, felizmente a maioria dos discos herniados regride em 2 anos. Já a estenose espinhal é uma condição progressiva em que os processos degenerativos estão relacionados ao aumento da idade. Mais raramente, a dor radicular pode ser causada por outras condições como herpes zoster e câncer metastático.
Os músculos das costas também podem gerar dor na coluna, aliás eles desempenham um papel fundamental na estabilidade e no funcionamento adequado da lombar, a dor causada pelos músculos pode acontecer tanto por diminuição quanto por aumento da atividade, ou seja, do uso desses músculos, o estiramento ou ruptura e espasmos musculares localizados ou generalizados também causam dor. Um exemplo comum são os pontos-gatilho, áreas de tensão que podem gerar dor intensa que piora a pressão. Em muitos casos, a dor muscular surge como consequência de outro problema próprio da coluna.
Fora as medicações já populares como os anti-inflamatórios e os analgésicos, algumas medidas não farmacológicas para dor lombar podem ser realizadas, como:
Massagem: Reduz espasmos musculares e aumentar a mobilidade articular;
Acupuntura: Inserção manual de agulhas em pontos específicos para reduzir a dor;
Compressas quentes e frias: Promovem aumento do fluxo sanguíneo e resfriamento; são usadas para aliviar espasmos musculares e dores articulares;
Ioga: Prática indiana antiga pela qual exercícios físicos, mentais e espirituais são usados para melhorar a postura corporal.
Exercício de controle de movimento: Exercícios físicos projetados para endireitar os músculos, aliviar a dor e melhorar a postura da coluna.
Se você tem dor persistente na coluna, o ideal é procurar um médico para uma avaliação. No entanto, é ainda mais importante buscar ajuda imediatamente se você apresentar qualquer um dos seguintes sinais de alerta:
Caso tenha algum desses sintomas, não adie a busca por atendimento médico, pois podem indicar condições mais graves que exigem atenção especializada.
Referência:
KNEZEVIC, Nebojsa Nick; CANDIDO, Kenneth D.; VLAEYEN, Johan W. S.; VAN ZUNDERT, Jan; COHEN, Steven P. Low back pain. The Lancet, [s.l.], v. 398, n. 10294, p. 78-92, 3 jul. 2021. DOI: 10.1016/S0140-6736(21)00733-9.
Durante as estações mais frias e secas, o sistema respiratório fica mais sensível ao clima e, como as pessoas tendem a passar mais tempo em locais fechados, há um aumento nos casos de doenças alérgicas e infecciosas.
Entre as doenças mais frequentes nesse período estão gripe, resfriado, asma e pneumonia. Vamos descobrir como se prevenir de cada uma delas?
A bronquiolite também é bastante comum nesse período. Temos um artigo aqui na coluna sobre o assunto que você pode consultar!
O resfriado pode ser causado por diversos vírus, e, como não há vacina disponível, a melhor forma de prevenção é evitar o contato com os agentes causadores. Algumas medidas importantes incluem:
A gripe é causada pelo vírus influenza, e a forma mais eficaz de prevenção é a vacinação. A vacina da gripe está disponível na rede pública e privada de saúde e pode ser tomada anualmente por todas as pessoas acima de seis meses de idade.
Para os asmáticos, o frio pode agravar a doença e levar a crises agudas. A melhor prevenção inclui:
A pneumonia é uma inflamação dos pulmões causada por vírus, fungos ou, principalmente, bactérias. Para prevenir a doença, é essencial manter hábitos saudáveis e, quando indicado, tomar a vacina pneumocócica.
Existem três tipos de vacina disponíveis na rede pública e privada:
Além da vacinação, os mesmos cuidados recomendados para evitar o resfriado ajudam a reduzir o risco de pneumonia.
A Bronquiolite Viral Aguda é uma doença inflamatória que atinge as pequenas e estreitas estruturas chamadas bronquíolos do sistema respiratório. Mesmo nos países mais desenvolvidos, essa é uma das principais causas de internação hospitalar de crianças de até um ano de idade entre as infecções respiratórias. Nessa afecção, a inflamação pode causar congestão e morte do tecido dessas pequenas vias, facilitando o acúmulo de muco dentro delas. O principal causador da doença é o vírus sincicial respiratório, que, apesar de poder acometer qualquer idade, é mais comum nos primeiros dois anos de vida. Além disso, reinfecções podem acontecer, sendo que a primeira infecção costuma ser a mais grave.
A infecção se caracteriza principalmente por ser bastante sazonal, ou seja, ocorre, em grande parte, em épocas do ano previsíveis. Ela é mais presente no inverno e no início da primavera. Na Região Nordeste, a doença é mais frequente entre os meses de março e julho.
Os sintomas da bronquiolite incluem coriza, espirros, obstrução nasal, febre geralmente inferior a 39 °C, recusa alimentar e desidratação. Após dois a três dias do início desses sintomas, pode haver evolução para o acometimento da via aérea inferior, com o surgimento de tosse, respiração rápida (taquipneia) e cansaço, com sinais visíveis de esforço para respirar. O diagnóstico é feito por um médico com base na história clínica e no exame físico.
Infelizmente, ainda não há um tratamento específico para a doença, e nenhuma terapia é capaz de encurtar sua duração, que pode chegar a duas semanas ou mais. Os pacientes podem ser cuidados em casa, com controle da temperatura, manutenção da hidratação por meio da oferta adequada de água e alimentação, além do acompanhamento dos sintomas pelos responsáveis, a fim de verificar se a criança está respirando bem.
Quando o tratamento ocorre em nível hospitalar, podem ser necessários: oxigenoterapia, manutenção da hidratação, mínimo manuseio do paciente e identificação precoce de possíveis complicações associadas.
Felizmente, existe profilaxia medicamentosa para prevenir formas graves da doença e, consequentemente, reduzir o risco de internação. Até o momento, essa prevenção é realizada com o palivizumabe, um medicamento que age como um anticorpo para combater o vírus sincicial respiratório.
Atualmente, essa medicação não está disponível no SUS para todas as crianças da faixa de risco. Os critérios de inclusão para o uso do palivizumabe, definidos pela Portaria do Ministério da Saúde nº 522, de 13 de maio de 2013, são:
Assim, o medicamento está disponível gratuitamente apenas para crianças pertencentes aos grupos mencionados.
Em fevereiro de 2025, o Ministério da Saúde anunciou que pretende ampliar a estratégia de combate à doença, incluindo bebês prematuros e crianças de até 2 anos nascidas com comorbidades. Além disso, planeja implementar a vacinação recombinante contra os vírus sinciciais respiratórios A e B em gestantes. O Ministério da Saúde aguarda agora apenas a publicação da portaria para incorporar essas vacinas e proteger gestantes e bebês contra o vírus sincicial respiratório.
Referências:
Muito tem se discutido ultimamente sobre se é correto falar “tenho sinusite”. De fato, a sinusite pode se apresentar de forma aguda, durando poucos dias e tendendo a se resolver sem reaparecer, ou de forma crônica, persistindo por mais de três meses. Além disso, pode ser recorrente, ou seja, manifestar-se várias vezes ao ano.
A sinusite é a inflamação das cavidades ocas localizadas nos ossos do rosto, ao redor do nariz, chamadas de seios paranasais. Essa inflamação pode ser causada por infecções (bacterianas, virais ou, raramente, fúngicas), por alergias ou por obstruções, como corpos estranhos, pólipos nasais ou desvios de septo, entre outros fatores. Vale ressaltar que o termo “rinossinusite” é utilizado quando a inflamação se estende também à mucosa nasal.
Imagem: Seios paranasais normais e com características da sinusite
Fonte: Retirado e adaptado de Wilcox, Lobo, Anderson. (2025)
Os tipos de sinusite podem ser classificados de acordo com sua duração:
Diagnóstico
O diagnóstico da rinossinusite é clínico, não sendo obrigatória a realização de exames laboratoriais ou de imagem. Deve-se suspeitar de sinusite quando há secreção nasal purulenta (amarelada ou esverdeada) associada a congestão nasal e dor facial, além de sensação de entupimento ou pressão no ouvido, por até quatro semanas. Outros sintomas podem incluir tosse, gotejamento pós-nasal, dor de ouvido, mau hálito e diminuição ou perda do olfato.
A sinusite crônica é definida pela presença de pelo menos dois dos quatro sintomas cardinais por mais de 12 semanas. Esses sintomas são:
Tratamento
Medidas de autocuidado, como lavagens nasais, uso de descongestionantes de venda livre e repouso com hidratação, costumam aliviar os sintomas da sinusite viral, que tende a se resolver espontaneamente.
Quando os sintomas persistem sem melhora, pode haver indicação de infecção bacteriana, necessitando de tratamento com antibióticos prescritos por um médico. Embora descongestionantes e anti-histamínicos possam aliviar os sintomas, eles não são eficazes no tratamento da sinusite bacteriana, pois não combatem a infecção.
Pacientes que não apresentam melhora mesmo após o tratamento com antibióticos e autocuidados podem se encaixar no quadro de sinusite crônica ou recorrente. Nesses casos, é recomendada a avaliação por um otorrinolaringologista, que pode indicar exames como a endoscopia nasal e considerar opções cirúrgicas ou novas abordagens terapêuticas.
Portanto, se você deseja se expressar da forma mais precisa ao relatar um problema relacionado à sinusite, pode dizer “estou com sinusite” ou “tenho sinusite recorrente”. Entretanto, um bom médico avaliará seu quadro e histórico clínico, e a forma como você descreve sua condição (seja “ter” ou “estar com” sinusite) não influenciará seu tratamento.
Referências:
WILCOX, James; LOBO, Daniela; ANDERSON, Sierra. Sinusitis. Primary Care, v. 52, n. 1, p. 87-97, 2025. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34958324/. Acesso em: 27 fev. 2025.
As dores de cabeça persistentes e diárias, de início rápido, podem ter várias causas. Os tipos mais comuns incluem as cefaleias tensionais e as enxaquecas. Além disso, dores de cabeça diárias também podem estar associadas a infecções, como a COVID-19. Se você sofre de cefaleia por mais de 15 dias em um mês, faz parte do grupo de cefaleia crônica.
Atenção, leitor! Cefaleia é o termo médico para dor de cabeça, que pode ocorrer em qualquer parte da cabeça, pescoço, face ou couro cabeludo.
Vamos focar nas cefaleias primárias, nas quais a dor de cabeça é a própria “doença” e aprender a identificá-las.
Imagem: tipos de dores de cabeça.
Fonte: Retirado e adaptado de Hernandez et al., 2024.
Cefaleia tensional
As cefaleias do tipo tensional são recorrentes e costumam ser bilaterais, ou seja, afetam os lados direito e esquerdo da cabeça. Geralmente, são de gravidade leve a moderada e podem durar de 30 minutos a 7 dias. Essas dores costumam ser descritas como uma “sensação de aperto ao redor da cabeça, como uma faixa”. Não há agravamento da dor com atividades físicas. Para prevenção, a medicação mais usada é a amitriptilina, enquanto analgésicos como paracetamol e dipirona são indicados durante as crises.
Enxaqueca
A enxaqueca se caracteriza por dores tipicamente unilaterais, afetando apenas um lado da cabeça. Pode ser precedida por auras — sintomas neurológicos como manchas escuras, turvas ou pontos cegos na visão, além de dormência no rosto. Fatores como exposição intensa à luz (fotofobia), sons altos (fonofobia), náuseas e vômitos também são comuns. O tratamento envolve evitar fatores desencadeantes, como luzes fortes ou ambientes barulhentos, além de controlar a ingestão de certos alimentos. A abordagem medicamentosa varia conforme a intensidade e duração das crises, devendo ser orientada por um médico.
Cefaleia em salvas
Esse tipo de dor de cabeça se caracteriza por dor pontual e muito intensa, geralmente localizada em um lado da face. Do mesmo lado da dor, podem surgir sintomas como rubor, lacrimejamento e rinorreia (corrimento nasal excessivo). As crises têm natureza cíclica, desaparecendo e retornando posteriormente. Podem durar até três horas e ocorrer várias vezes ao dia — até oito episódios em um único dia. O tratamento é medicamentoso e deve ser prescrito por um médico.
O diagnóstico das cefaleias é feito, principalmente, com base no exame físico e na história clínica. Exames de imagem, como tomografia, são usados apenas para descartar outras doenças e nem sempre são necessários.
Você conhece alguém que tem dor de cabeça todos os dias? Envie este artigo para essa pessoa!
Referências:
HERNANDEZ, Jairo et al. Headache disorders: differentiating primary and secondary etiologies. Journal of Integrative Neuroscience, v. 23, n. 2, p. 43, 2024. Disponível em: https://www.imrpress.com/journal/JIN/23/2/10.31083/j.jin2302043/htm. Acesso em: 20 fev. 2025.
PENG, Kuan-Po; WANG, Shuu-Jiun. Update of new daily persistent headache. Current Pain and Headache Reports, v. 26, n. 1, p. 79-84, 2022. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC8787738/. Acesso em: 20 fev. 2025.
Querido Leitor, querida Leitora,
Me chamo Lívia Layse de Andrade Melo, sou estudante de medicina pela Universidade Federal de Pernambuco no Centro Acadêmico do Agreste, participo de projetos de extensão voltados à saúde popular e sigo em constante busca de aprimoramento sobre saúde coletiva e saúde pública.
Nesta coluna, meu objetivo é trazer reflexões e informações sobre saúde, bem-estar e como você pode ser proativo nas prevenções das doenças que mais atingem a população. Aqui, vou compartilhar experiências e aprendizados que adquiri ao longo da minha formação e atuação em projetos de extensão, sempre com o propósito de democratizar o conhecimento em saúde e promover autonomia para decisões conscientes.
Acredito que a saúde é um direito de todos e que o diálogo aberto é a chave para construir um futuro mais justo e acessível para todos os cidadãos. Quero convidá-lo(a) a refletir e participar dessa construção por meio das ideias e discussões que trarei em cada edição desta coluna.
Sinta-se à vontade para questionar, opinar ou simplesmente refletir sobre os temas abordados. Estou animada com a oportunidade de trilhar este caminho ao seu lado e espero que possamos, juntos, ampliar nossas perspectivas sobre o que é saúde em sua forma mais plena.
Seja bem-vindo(a) e boa leitura!
Atenciosamente,
Lívia Layse de Andrade Melo
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5 Mitos e verdades sobre a Dengue
A dengue é uma doença que é transmitida aos humanos pela picada de mosquitos, especialmente os do gênero Aedes, que é diferenciado dos outros mosquitos pela sua cor preta ou marrom escuro, mas principalmente pela suas listras brancas que podem ser visualizadas no corpo ou pernas. A primeira infecção pode ser assintomática ou resultar em febre leve, mas caso se agrave, pode haver problemas de coagulação, ou seja, problemas em que a contenção dos sangramentos é prejudicada, acarretando no que se conhece por dengue hemorrágica ou febre hemorrágica da dengue. Vamos então aos mitos e verdades sobre essa doença.
Imagem: mosquito do gênero Aedes sob pele humana.
Fonte: Retirado de Ministério da Educação. 2024
MITO. Essa afirmativa é um mito, pois o uso de repelente afasta os mosquitos transmissores da doença, mas não é segurança de que você não será infectado.
MITO. Essa afirmativa é falsa porque o vírus da dengue possui diversos sorotipos e todos podem causar a doença.
VERDADE. Essa afirmativa é verdadeira, mas atenção, isso não deve ser um motivo para se proteger apenas no horário diurno.
VERDADE. Essa afirmativa é verdadeira, pois estudos sugerem que a infecção secundária por um sorotipo diferente tem grande chance de levar à dengue grave.
MITO. Essa afirmativa é falsa, pois por mais que todas sejam arboviroses e sejam transmitidas pelo mosquito do tipo Aedes, cada uma tem um vírus específico e não são a mesma doença.
Por fim, se você suspeita que tem dengue, consulte um médico, e fique bem atento aos sinais de alerta como vômitos, tontura e sangramento gengival, de nariz ou nas fezes.
Referências:
KHAN, Muhammad Bilal et al. Dengue overview: An updated systemic review. Journal of infection and public health, 2023.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Prevenção e controle da dengue, chikungunya e Zika, 2024.
Conta pra gente sua experiência com essa doença e compartilhe esse artigo com quem pode se beneficiar!
A Secretaria de Segurança Municipal (SSM), por meio da Defesa Civil de Caruaru, informa que, em cumprimento a uma recomendação