
Setor de arquibancada do Estádio do Central é interditado pela Defesa Civil
A Secretaria de Segurança Municipal (SSM), por meio da Defesa Civil de Caruaru, informa que, em cumprimento a uma recomendação
A eleição de Javier Milei para a presidência da Argentina foi cercada de um sentimento de desconfiança expressiva. No governo de Alberto Fernandez, mais precisamente no ano de 2023, a taxa da inflação na Argentina atingiu 211% ao ano, resultado de déficits fiscais (qualquer semelhança é mera coincidência), nível de pobreza entre 57 e 58% e a taxa de juros atingia patamares estratosféricos. Entre 2019 e 2023, a taxa de juros da Argentina oscilou bastante, mas em dezembro de 2019, chegou ao nível de 55% ao ano.
O problema é que outros fatores, como a política cambial, foram afetando cada vez a taxa de inflação e a resposta do governo era a mesma: aumentar a taxa de juros, de modo que entre julho e agosto de 2022, a taxa passou de 60% ao ano para 69,5%. O fato é que em maio de 2023, diante de uma inflação de quase 80% ao ano, a taxa de juros chegou a 108% no acumulado de 12 meses.
As consequências disso forma mais recessão e mais aumento da pobreza e medidas drásticas e impopulares foram adotadas na gestão de Milei, dentre elas o ajuste fiscal, esse mesmo ajuste fiscal que a gente sonha que o Brasil faça. Foram cortados pouco mais de 20% de empregos públicos e mudanças importantes no sistema tributário. Além disso, o governo atuou fortemente na regulamentação econômica, cortando subsídios, também suspendeu obras públicas e buscou um acordo com FMI com valores da ordem de US$ 200 bilhões.
Outro ponto que foi tratado diz respeito a questão cambial que no governo anterior sofreu diversas restrições, até mesmo a imposição de uma taxa de 30% para compra de moeda estrangeira. O governo atual adotou uma banda cambial, a exemplo do que foi feito aqui no início de Plano Real.
Apesar da reação contrária ao presidente, alguns resultados foram importantes e sinalizaram uma perspectiva bastante positiva para o mercado internacional. A inflação de três dígitos caiu drasticamente e, em abril passado, chegou a 3,1% ao mês, equivalente a 44% ao ano. Diga-se que ainda continua fora dos bons padrões econômicos, no entanto, é muito melhor do que ter uma inflação de 211% ao ano. Outro ponto importante é há sinais de recuperação, ou seja, embora tenha havido retratação de 1,8% no produto da Argentina em 2023, há fortes indícios de que a economia crescerá.
Embora se divulgue que a taxa de pobreza reduziu para 38% no terceiro trimestre de 2024, seria mais importante manter-se realista acreditando que, ainda, se tem algo em torno dos 50%. Isso quer dizer que há menos pobres, no entanto, como os critérios de pobreza diferem de formas de apuração, é mais interessante se cauteloso. As medidas afetaram o mercado de trabalho e cerca de 200 mil trabalhadores perderam seus postos, dentre os quais, aproximadamente, 25 mil funcionários públicos.
Não se pode deixar de reconhecer que a política econômica do governo Milei consegui reverter o quadro inflacionário, ou de hiperinflação, mas foram medidas extremamente amargas do ponto de vista social. É preciso esperar resultados mais sólidos, de qualquer forma, o peso argentino se valorizou mais do que o Real brasileiro, apesar de sermos uma economia cinco vezes maior do que a deles.
Já houve um tempo no qual as aplicações financeiras eram direcionadas para pessoas com expertise no mercado financeiro. Acesso à Bolsa de Valores era algo absolutamente distante para grande parte da população brasileira. Hoje, a chamada B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) – que surgiu com a fusão da Bolsa de Valores e Mercado Futuros com a CETIP – aponta que há no Brasil, 19,4 milhões de investidores dos quais, 5,3 milhões operaram no mercado de renda variável e 16,3 milhões que operaram com renda fixa. Repare que a soma é superior aos 19,4 milhões porque há investidores que operaram nos dois mercados.
A renda variável tem no seu carro chefe, as ações, enquanto a renda fixa tem produtos que vão desde a caderneta de poupança, passando pelo CDB, ou seja, depósito a prazo fixo, até os conhecidos Fundos de Investimentos Imobiliário (FII). De certo modo, estes títulos ganharam destaque entre os investidores brasileiros, até mesmo como uma alternativa à caderneta de poupança ou aos péssimos títulos de capitalização. Em linhas gerais, esses fundos consistem em veículos de investimento coletivo que aplicam recursos em empreendimentos imobiliários, como shoppings, hospitais, galpões logísticos e edifícios corporativos. Ao investir em FIIs, o cotista passa a ter direito a uma parcela dos rendimentos obtidos pelos imóveis, seja por meio de aluguéis, seja por venda de ativos.
Existe uma troca natural entre taxa de juros e bolsa de valores, isto é, quando a taxa de juros está alta, a bolsa cai. A razão que o investidor troca a volatidade da bolsa por uma segurança maior na renda fixa. Além disso, a renda variável ela traz retornos maiores no médio/longo prazos, enquanto uma taxa de juros mais elevada pode trazer um rendimento mais alto no curto ou médio prazo. Lógico que isso depende de quanto se investe.
Outra questão que acaba sendo atrativo é que o valor da aplicação inicial não é expressivo, ou seja, não é difícil adquirir um título por R$ 100,00 e há mais benefícios fiscais do que a aplicação no mercado de renda variável. A forma de rentabilidade depende muito das condições desses fundos ou, em outras palavras, as aplicações nos fundos, também envolvem riscos que precisam ser considerados, dentre os quais a vacância (imóveis vazios que deixam de gerar receita), a inadimplência de locatários, a variação dos preços de mercado das cotas e riscos econômicos gerais. Por isso, é recomendável analisar criteriosamente os relatórios gerenciais dos fundos, a qualidade dos imóveis, a gestão e o portfólio.
Comparando os FIIs com a poupança, as vantagens são bastante claras. Enquanto a poupança entrega rendimentos baixos (em regra 6% ao ano ou menos, dependendo da Selic), os fundos imobiliários podem proporcionar rendimento mensal superior a 0,5% ao mês, o que equivale a cerca de 6% a 7% ao ano apenas em proventos, sem contar a possível valorização das cotas. Outra grande vantagem é que os rendimentos distribuídos mensalmente pelos FIIs, para pessoas físicas, são isentos de Imposto de Renda (desde que atendidas algumas condições básicas como ser negociado na bolsa e ter pelo menos 50 cotistas). Isso maximiza o ganho líquido para o investidor, diferentemente de vários investimentos de renda fixa.
Em termos de liquidez, apesar de a poupança permitir saques imediatos, os FIIs oferecem liquidez diária em bolsa, permitindo a venda das cotas no mercado secundário, embora o preço de venda dependa da oferta e demanda. Para quem busca construir patrimônio e renda passiva de forma mais eficiente, os FIIs se mostram uma escolha superior à poupança.
Em resumo, fundos imobiliários representam uma alternativa atraente para quem deseja diversificar investimentos, obter rendimentos periódicos e potencialmente ganhar com a valorização dos imóveis, tudo isso com aplicações acessíveis e vantagens fiscais. Entretanto, como todo investimento, é essencial estudar o mercado, avaliar os riscos envolvidos e escolher bem os fundos, posto que qualquer operação no mercado financeiro, tem o seu nível de risco.
Um dos problemas mais crucias, em qualquer economia, é a previdência. Seja é pública, seja privada, os problemas relacionados com déficit e insegurança sempre rondam essa questão. O Brasil tem o regime geral (INSS) e os regimes próprios que podem ser operacionalizados pelas entidades fechadas de previdência privada, que é o caso dos fundos de pensão e que se destinam ao funcionalismo público, e as entidades aberta de previdência privada que são operacionalizadas através de seguradoras.
É sabido, basta ver a quantidade de reformas feitas na previdência social, que nosso sistema está falido e sem perspectiva de melhora. O que se fez, até agora, foram medidas paliativas que não alteram substancialmente os problemas. Observemos as medidas tomadas e, tudo que vai ser encontrado foram medidas que acabaram prejudicando, ainda mais, o trabalhador. No governo FHC, por exemplo, foi criado um dispositivo que obrigava a extensão do período laboral para que ele tivesse acesso a valor total pelo INSS. No fundo, a proposta é que não haja mais aposentados.
Um dos gargalos da previdência é a relação com o salário-mínimo e, com base nisso, Armínio Fraga sugeriu o congelamento dos salários por 6 anos. É lamentável que se coloque essa proposta como única alternativa para salvar a previdência. Mais recentemente, ele criticou os gastos do governo, mas não foi enfático de que a coisa era devido à previdência social. O regime de repartição, hoje adotado no Brasil, é um óbice à otimização da previdência.
Cabe dizer, entretanto, que essa questão não envolve apenas o regime geral. No caso dos regimes próprios, busquem que está conseguindo honrar seus compromissos. As prefeituras pernambucanas que adotam regime próprio convivem com déficit financeiro e atuarial. Partiram para segregação de massas e não podem dizer que estão em “céu de brigadeiro”. Até mesmo os grandes fundos de pensão – estes devido à má gestão – atravessam um cenário nebuloso.
Os fundos de pensão, ou seja, as entidades fechadas de previdência privada, possuem um patrimônio da ordem de R$ 3 trilhões, dos quais um pouco mais da metade é administrado pelos fundos de pensão. Estamos falando de uma parcela expressiva do PIB, mas sua finalidade de se constituir poupança e proporcionar investimentos, não parece ser meta dos administradores. Nos fundos de pensão tem-se, em termos aproximados, quase um milhão de pessoas, no regime aberto esse total é da ordem de 13 milhões.
Os três maiores fundos de pensão, em termos patrimoniais, são: Previ, que é a caixa de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, cujo patrimônio é R$ 274 bilhões e tem uns 200 mil beneficiários; a Petros, que é o fundo da Petrobras, com patrimônio de R$ 130 bilhões e pouco mais de 130 mil beneficiários, e, finalmente, a Funcef, que é o fundo de pensão da Caixa Econômica, que tem patrimônio de R$ 130 bilhões e tem 135 mil beneficiários. Qualquer fundo de pensão deve buscar equilíbrio atuarial que é uma questão maior do que equilíbrio financeiro, posto que este é mais de curto prazo, enquanto o primeiro tem visão de longo prazo.
Existe uma regulamentação bastante exigente no que diz respeito a aplicação financeira feita por esses fundos. A lógica é bastante simples: capitalizar os recursos para ter capacidade financeira de honrar as obrigações (benefícios pagos os integrantes do fundo). As regras não permitem que se aplique mais de 30% em renda variável e tudo isso é feito para dar sustentabilidade ao fundo. Agora, quando se coloca para gerir um patrimônio desses uma pessoa sem qualificação, a tendência é a insolvência do fundo.
A previ, por exemplo, apresentou um déficit de R$ 14 bilhões (esse valor foi divulgado, mas pode ser superior), tendo um retorno irrisório de 1,5% nas suas aplicações, quando a meta atuarial era 9,7%. A coisa foi tão escandalosa que o TCU abriu uma auditoria para tratar desse assunto e pelas notícias atuais o presidente da Previ. No caso dos Correios, até convênio de saúde foram cancelados. Enquanto isso, “o caos segue em frente, com toda calma do mundo.”
Sem dúvida nenhuma a política de impor tarifas para as importações americanas, adotada pelo presidente Donald Trump, tem causado furor no resto do mundo. O que está por trás disso? Simplesmente o tamanho da economia americana. O que Trump quer é proteger sua indústria, ou seja, criar barreiras às importações de modo que a indústria americana cresça ou que o povo americano adquira produtos internamente.
Para se ter uma ideia do tamanho do problema, em 2024 os Estados Unidos importaram, aproximadamente, US$ 3,30 trilhões de produtos de diversos países, dentre os quais, o México (US$ 839,89 bilhões), o Canadá (US$ 804,42 bilhões) e a China (US$ 758 bilhões). Dentre tantos os produtos importados pelos americanos, as máquinas e equipamentos elétricos e mecânicos representam quase 30% do valor total das exportações. O PIB brasileiro em 2024 chegou aos US$ 2,18 trilhões, logo, numa conta simples, o volume de exportações dos Estados Unidos chega a ser 1,5 vezes o PIB brasileiro. A pergunta simples é a seguinte: vai discutir com que tem uma arma na mão?
As exportações brasileiras totalizaram, em 2024, US$ 337 bilhões dos quais US$ 126,10 bilhões, ou seja, quase 50%, é devido ao agronegócio. Para os Estados Unidos registrou-se um volume total de exportações de US$ 40,3 e importamos de lá, US$ 40,6 bilhões, portanto, nossa balança comercial com os americanos é, ligeiramente, favorável a eles. Os produtos que exportamos, o de maior valor observado, US$ 5,8 bilhões, se refere a óleos brutos de petróleo, o resto se dilui em aço (US$ 2,7 bilhões), café não torrado (US$ 1,9 bilhão), aeronaves (US$ 1,4 bilhão), celulose (US$ 1,5 bilhão) e carne bovina (UD$ 855 milhões).
Duas coisas devem ser deduzidas daí: a primeira é que não somos um país forte em tecnologia e isso pode ser visto com o tipo de produtos que exportamos. A segunda é que de tudo que exportamos não representa 5% do volume exportado pelo México, por exemplo. Em outras palavras, nossos produtos não agregam tecnologia de máquinas elétrica, razão pela qual somos absolutamente tímidos perante os Estados Unidos.
Sem dúvidas, as políticas tarifárias implementadas por Trump, geram repercussões significativas tanto para a economia americana quanto para parceiros comerciais, incluindo o Brasil. O anúncio de uma tarifa de 10% sobre tudo que é importado, tem como justificativa a proteção das empresas americanas, ou seja, o presidente busca tornar as empresas americanas mais competitivas, mas especificamente no caso brasileiro, o desafio é considerável.
Todo mundo fala que isso vai gerar inflação nos Estados Unidos. Pode até ser, mas considere que a inflação lá, ano passado foi 2,8% e a taxa de juros é 4,5%, enquanto no Brasil tivemos uma inflação de 4,71% e nossa taxa de juros está em 14,25% com tendência de alta.
Parafraseando Isac Newton, “a cada ação corresponde uma reação igual e oposta” e nesse sentido, diversos países, incluindo o Brasil irão partir para o confronto aumentando as tarifas sobre os produtos americanos. Aqui foi aprovada na Câmara um pacote de medidas nessa direção. Então, se há risco de inflação nos Estados Unidos, não haveria risco de inflação no Brasil? O princípio é o mesmo. Aumentar tarifas das importações americanas vai gerar inflação de custo aqui. Confesso que o Brasil deveria tentar outra medida. Pelos números apresentados e pela dependência que nós temos, a gente precisa mais deles do que o contrário.
A inflação dos alimentos no Brasil tem tirado o sono do governo por conta da preocupação constante e da falta de ações eficazes. Recentemente, o vice-presidente da República sugeriu que o Banco Central retirasse do cálculo da inflação tanto os alimentos quanto a energia. Ainda bem que o presidente do Banco Central foi sensato, e bastante polido, ao responder que o Banco Central tinha mecanismos sólidos para calcular a inflação que tem sido, de fato, um grande incômodo, pois em 2024, a inflação atingiu 4,71%, ultrapassando a meta de 3% estabelecida pelo Banco Central e os preços de alimentos e bebidas foram responsáveis pela maior pressão sobre o índice geral de preços e tem sido uma preocupação constante.
Atribui-se esse descontrole a fatores climáticos, mas não se assume o descontrole fiscal do governo como um ingrediente dessa salada indigesta.
Diante do cenário incerto, e perigoso, o governo brasileiro ajustou suas projeções econômicas, mantendo a previsão de crescimento do PIB em 2,3%, mas elevando a estimativa de inflação para 4,9%, ou seja, já um pouco maior do que os 4,8% previstos anteriormente. O problema é que se avizinham alguns desafios importantes como, por exemplo, o aumento dos preços do milho, que ultrapassaram R$ 90,00 por saca de 60 kg na região de Campinas, o nível mais alto em quase três anos. Para se ter uma ideia, trata-se de um aumento da ordem de 23% acima do acumulado no ano de 2024.
Existe cenário que induz o aumento de preços de alimentos, um deles é o volume de estoques – relativamente baixo. A partir daí vem uma reação em cadeia porque há impacto no mercado de carnes, envolvendo tanto a carne bovina quanto a suína ou de frango. Mas, o lado bom é que os preços do arroz registraram queda devido a uma produção brasileira 15% maior, impulsionada pela recuperação da safra no Rio Grande do Sul e por uma oferta global mais robusta. Essa redução nos preços do arroz pode ajudar a mitigar parcialmente a inflação dos alimentos.
A questão mais importante no combate à inflação, não depende da política monetária, mas do próprio governo. É como se houvesse dois “brasis”: um realista que se prepara para enfrentar a redução da atividade econômica, fato que ocorre mediante o aumento do desemprego e outra mais utópico calcado nas projeções do governo. O fato é que os desafios persistem e dentre eles, a seca experimentada em diversas regiões brasileira, afetou negativamente a produção agrícola, elevando os preços de produtos essenciais. Além disso, a desvalorização do real contribuiu para pressões inflacionárias adicionais.
Diante desse cenário, espera-se que a inflação dos alimentos no Brasil mantenha-se elevada no curto prazo, influenciada por fatores como a volatilidade cambial, condições climáticas adversas e políticas fiscais. É preciso implementar de medidas econômicas adequadas, contar com a recuperação da produção agrícola, dentre outras e com isso espera-se uma desaceleração gradual da inflação alimentar até o final de 2025, alinhando-se mais proximamente às metas estabelecidas pelo governo.
Desde o ano passado, o governo vem falando sobre isentar do imposto de renda para aqueles que ganham até R$ 5 mil, ou seja, estamos falando de uma massa de 26 milhões de pessoas, que representa uma arrecadação anual da ordem de R$ 27 bilhões. A compensação dessa perda de receita seria feita mediante a cobrança de uma alíquota de 10% sobre quem ganha acima de R$ 600 mil, por ano. Em termos gerais, estamos falando de, aproximadamente, 140 mil contribuintes.
Obviamente, a isenção do imposto aumentará a renda disponível, ou seja, o valor líquido recebido pelos contribuintes dessa faixa seria maior e a principal esperança disso é um impacto positivo sobre o consumo. Tem fundamento? Sim. Economicamente há modelos que apontam a relação entre consumo de renda disponível, entretanto, há um detalhe que precisa ser lembrado: estes mesmos modelos alertam que R$ 1,00 de aumento de renda não será aplicado totalmente em consumo, ou seja, uma parte será poupado. Nitidamente, existe uma equação ainda sem solução porque o aumento da renda pode não implicar, necessariamente, em aumento do consumo, por diversas razões, dentre elas o fato de que temos mais de 70 de famílias endividadas e o aumento da renda pode ensejar resolver esta questão.
Não resta dúvidas que a proposta tem benefícios importantes tanto do ponto de vista econômico quanto do ponto de vista social. Do lado econômico, fica claro que a haverá estímulo à economia devido ao aumento de renda e do ponto social, tem-se uma questão pertinente que é, digamos assim, uma tributação mais justa, mas não se pode deixar de lembrar que o contribuinte realmente beneficiado é aquele que recebe entre R$ 2.259,00 e R$ 5 mil, porque rendas inferiores a R$ 2.259,60, já tem isenção atualmente.
Olhando o outro lado da moeda, a renúncia dessa receita fiscal poderá contribuir com o aumento do déficit que já é espantoso. A dúvida é se o governo será capaz de cobrir essa renúncia com a receita oriunda de 140 mil pessoas. Além disso, se não houver contrapartida do governo em cortar gastos, não tem como isso não impactar na dívida pública e é graças a ela que hoje temos uma taxa de juros elevada e uma perspectiva de inflação acima das metas da política monetária.
É preciso esclarecer que a proposta sendo aprovada, ela passa a vigorar a partir de 2026. Então, até lá o Brasil continuará no rumo econômico atual. Daí uma grande preocupação relacionada com a questão do endividamento das famílias que a proposta de empréstimo consignado para trabalhadores do setor privado usando o FGTS como garantia para esse tipo de operação. Aparentemente, isso poderia ser feito de forma diferente e cabe esclarecer uma questão importante aqui: o crédito consignado, mesmo no setor público, apesar de taxa de juros menores, é mais vantajoso quando você renova uma operação do que quando contrata uma nova operação.
Parece, dessa forma, existir uma preferência pela manutenção do cidadão de forma endividada e é por isso que se reforça a necessidade de entender como será o comportamento da população com essa perspectiva de aumento de renda. Pode ser que isso seja um grande incentivo á redução de empréstimos bancários, pode ser que seja um grande incentivo para que as pessoas aumentem suas aplicações financeiras, pode ser um grande incentivo para renegociação de dívidas.
Diante disso, qualquer consideração que fizermos entra no campo das suposições. Pode-se até comparar o que já se faz em outros países, mas as realidades são brutais. O principado de Mônaco, por exemplo, não cobra um centavo de imposto de renda e tem educação, segurança, previdência, emprego etc. melhor do que o Brasil. Tudo bem, estamos falando de um país de região territorial muito pequena. Mas, isso importa?
Recentemente o Fundo Monetário Internacional, aquele famigerado FMI que vinha “atacar a nossa soberania nacional”, divulgou uma relação da taxa de crescimento econômico de 20 países, nos últimos 10 anos, dentre eles nosso estimado Brasil varonil, esse “gigante deitado eternamente em berço esplêndido”. Bastaria dizer que o Brasil só cresceu mais do que o Japão, ou seja, nesse ranking estamos em 19º lugar, mas as pessoas poderão dizer: “estamos melhor do que o Japão!”.
Em termos de variação percentual, o país de maior crescimento econômico, 77%, é Índia, cujo PIB passou de US$ 2,4 trilhões, em 2015, para US$ 4,3 trilhões em 2024. O PIB chinês passou de US$ 11,2 trilhões para US$ 19,5 trilhões, no mesmo período. Caber ressaltar duas coisas: a primeira é que o crescimento do mundo foi 35%, isto é, 2,2 vezes menor do que o crescimento do PIB da Índia. A segunda questão é a taxa de crescimento médio desses 20 países foi 26,28% e somente 5 países (Índia, China, Turquia, Indonésia e Coreia do Sul) tiveram taxa de crescimento superior à média.
Dentre os países com crescimento abaixo da média, você encontra algumas economias sólidas como Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França, dentre outros. No caso do Brasil, em 10 anos, tivemos um crescimento de 8%, ou seja, 3,35 menor que a taxa média desses 20 países e 4,38 vezes menor do a taxa de crescimento do mundo. Não há dúvidas de que a pandemia afetou todos as economias, mas não podemos deixar de avaliar que estamos tratando de um período 5 anos antes da pandemia, portanto, não podemos apoiar nossa defesa, apenas, sobre essa fase catastrófica.
Os fatores que afetaram o Brasil vão para além do que aconteceu com o mundo. Em 2008, não custa lembrar, tivemos uma crise intensa provocada pelo desequilíbrio no mercado imobiliário americano. Foi tão intensa quanto a recessão de 1929, famosa por quebrar economias no mundo inteiro. O Brasil vinha com bons fundamentos macroeconômicos, mas eles não foram solidificados para enfrentar a crise, pelo contrário, o presidente de plantão, à época, incentivou às pessoas ao consumir – entende-se, a intenção, mas o efeito foi como falar em corda na casa de enforcado – alegando que tudo aquilo não passava de uma “marolinha”. Deu no que deu. O crescimento econômico do Brasil começou a despencar até chegar a menos 3,5% em 2015. Em meio às incertezas geradas pela crise prime, como ficou conhecida, o Brasil viveu uma crise política, sem contar com a questão moral, retratada nos inúmeros casos de corrupção no país.
No momento atual, o sentimento vigente – pelo menos o meu – é que as autoridades monetárias, aqui incluído o Secretário do Tesouro Nacional, e as autoridades políticas, estão preparando a sociedade para uma fase mais dura porque todos falam na necessidade de “desacelerar a economia”. A pergunta que se faz é: como se faz isso? A resposta é simples: gerando desemprego, porque isso reduz a renda, que reduz o consumo que faz com que as empresas produzam menos e contratem menos.
Em outras palavras: se taxa de desemprego começar a subir, ficará registrado que o “governo avisou” que isso era necessário e que estava nas previsões etc. Não tem como deixar de insistir no mesmo assunto: por que o governo optou por aumentar a dívida pública? O país teria crescido de uma forma mais sustentável, mas agora precisamos convencer de que a, possível, recessão que se avizinha, é apenas pela falta de capacidade do pais em suportar um crescimento mais duradouro.
O governo, decididamente, não tem demonstrado capacidade para tratar de política econômica seja ela fiscal, seja monetária. O preço dos alimentos incomoda muito mais do que se deixa transparecer e, publicamente, o discurso é muito mais de esperar do que propor alternativas. “A queda do dólar vai baratear os alimentos” e isso é muito mais uma esperança do que uma ação, principalmente, porque o governo não tem como influenciar o preço do dólar.
O ministro da fazenda não consegue emplacar uma medida sensata e o presidente do Banco Central não tem como colocar em prática medidas de controle inflacionário porque há dois instrumentos básicos que não se ajustam por decretos: a taxa de juros e a taxa de câmbio. Essas duas taxas são resultantes da irresponsabilidade fiscal do governo.
Num processo de tentativa e erro, o governo decidiu zerar imposto de importação de alguns produtos como: café (9%), açúcar (14%), massas alimentícias (9%), óleo de girassol (9%), milho (7,2%), carnes (10,8%), azeite (9%), sardinha (32%) e biscoitos (16,2%). Analisando, friamente, a medida, parece que alguns pontos deveriam ter sido observados, mas nitidamente, faltou timing. Veja o caso do óleo de girassol. Em 2024, em termos aproximados, foram consumidas 115 mil toneladas desse produto, das quais 30 mil são produzidas no Brasil e o restante é importado, principalmente da Argentina. Então, como importamos 85 toneladas, vale a pena zerar imposto de importação, certo? Vejamos o mercado consumidor: a gente sabe que o óleo de girassol tem propriedades importantes para a saúde cardíaca das pessoas, mas ele não tem uso na classe de renda baixa, ou seja, não é um produto comum na mesa de boa parte da população brasileira. O efeito disso pode ser redução na produção doméstica de óleo de soja.
Provavelmente, no caso das massas o efeito seja melhor do que nos demais. De acordo a Associação Brasileira da Indústria de Biscoitos e Massas Alimentícias, em 2024 registrou-se um aumento de 5,76% no consumo desses produtos. Trata-se de um produto mais presente na mesa do brasileiro e relativamente acessível em termos de preço, no entanto, tem-se aquela prática da “reduflação”, ou seja, os produtores reduzem o tamanho dos produtos, ofertam um peso com um peso menor, mas mantém os preços antigos.
No caso do café e do açúcar, temos bens complementares, ou seja, aqueles que são consumidos em conjunto. Então, redução na demanda por café gera redução na demanda por açúcar e isso explica a preocupação do governo. Não custa lembrar que o Brasil é produtor de café e de açúcar e a isenção na tarifa, além de ter um efeito duvidoso, pode afetar a produção interna. Em adição, os preços no mercado internacional estão altos, o dólar “mal-comportado” e provavelmente essa medida não será tão vantajosa.
No caso do azeite, o Brasil importou, aproximadamente, 74 mil toneladas equivalente a US$ 750 milhões e, de fato, nossa produção não passou dos 500 mil litros, portanto, tem-se um produto de larga importação com uma redução brutal no consumo graças os preços que cresceram quase 50%, em alguns casos. Fruto disso, devido à alta do dólar. No caso do mercado de carnes, todos nós sabemos que a picanha está mais distante do que Plutão.
Uma medida que deveria ser proposta pelo governo seria reduzir impostos sobre a produção interna. Torna os produtos mais competitivos, mas enquanto isso não vem, já se trabalha coma nova campanha para eleições de 2026: “em 2026, o brasileiro vai voltar a comer ovo e tomar café.” Confie
A lei brasileira, seguindo parâmetros internacionais, criou a figura do Regime de Recuperação Judicial, comumente chamados de RJ, como uma alternativa ao modelo simples e direto da concordata. Em linhas gerais, uma empresa que entra no RJ, tem benefícios semelhantes ao antigo processo de concordata, no entanto, agora se faz um trabalho de análise macroeconômica que é entregue ao juiz na forma de relatórios. No meu entendimento, são medidas protocolares, mas alguns projetos de recuperação são utópicos.
Querendo ou não, a sinalização de empresas que entram em Recuperação Judicial indica a perspectiva da atividade econômica. É natural pensar assim, pois a partir do momento em que uma determinada empresa deixa de honrar compromissos financeiros junto a fornecedores, então, o fluxo de caixa destes acaba sendo comprometido.
Comparando 2024 a 2023, registra-se um crescimento de 61,78% na quantidade de empresas que adentraram no regime. Em relação a 2022, já se percebe um crescimento de 172,87% quando a quantidade variou de 833 para 2273 empresas. O que chama a atenção é que, em termos médios, entre 2013 e 2017, 1254 empresas entraram em RJ; no período entre 2018 e 2022, foram 1139 e apenas nos dois últimos anos, tem-se 1839 empresa em recuperação judicial.
Claramente, estamos diante de uma situação comprometedora para a economia como um todo. O problema acaba não sendo apenas quantidade, mas a tendência de crescimento com um indicativo agravante que é a necessidade de desaceleração da economia, ventilada pelo Banco Central e, também, pelo Tesouro Nacional. O exemplo mais crucial dessa situação, sem dúvidas, é o caso das Lojas Americanas, entretanto, há de se ressalvar que ali, a questão do desempenho da economia não foi menos preponderante do que a administração fraudulenta.
Em linhas gerais, o país reduziu desemprego mediante o aumento dos gastos do governo e das exportações líquidas decorrentes da desvalorização do Real. Na outra ponta, os efeitos dos gastos, com o consequente aumento da dívida pública, afetou a credibilidade do governo no que concerne a sua capacidade de equalizar o problema fiscal. Isso resultou num aumento de preços, a tão propalada inflação de alimentos, que tende a reduzir a demanda por produtos e trazer a desejada desaceleração da economia.
Pode até parecer um bloco carnavalesco, mas o governo está tocando frevo para o desemprego dançar. Vamos torcer para ser diferente.
Na semana passada as palavras do ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, do atual presidente, Gabriel Galípolo, bem como do presidente da república, mostraram o quanto estamos num momento econômico complicado. Armínio Fraga declarou que “o cenário econômico atual do Brasil apresenta sintomas de um paciente na UTI” e mais adiante ponderou que “os juros futuros, estão na lua a perder de vista”, enfatizando que a única área que pode ajudar a autoridade monetária é a política fiscal.
Há dois modos de intervenção do governo no sistema econômico. O primeiro é mediante a política fiscal que é prerrogativa do Congresso porque envolve o orçamento do governo, ou seja, a determinação de despesas e receitas. O problema é que os efeitos das mudanças fiscais devem observar o princípio da anterioridade, isto é, valem a partir do exercício subsequente. Vejam o caso da proposta de isentar do imposto de renda, pessoas que ganham até R$ 5 mil por mês: se for aprovado no Congresso, só tem vigência a partir de 2026.
A outra forma é mediante a política monetária que é tratada pelo Conselho de Política Monetária e tem o Banco Central como seu órgão executor. Essa política trata do equilibro entre oferta e demanda por moeda, com o fito, entre outros, de controlar a inflação visto que é um determinante da taxa de juros. No apelo de Armínio Fraga, o presidente de Banco Central respondeu, de forma bastante diplomática e coerente: “É preciso não cruzar linha e transcender o quadrado da autoridade monetária.” Perfeito: o Banco Central não deve se meter nisso, da mesma forma que o Congresso não deve se meter na política monetária porque ela é, essencialmente, técnica. A taxa de juros está em 13,25% ao ano e há uma sinalização de que em março vá para 14,25% ao ano. Em palavras simples e direta: estamos pagando juros reais maiores do que a Argentina que enfrenta problemas econômicos graves, mas que conseguiu reduzir a inflação para 84% ao ano. Em janeiro, por exemplo, os “hermanos” registraram uma inflação de 2,2% ao mês.
No bojo de tudo isso, vem as palavras ditas pelo presidente da república no último dia 12: “Galípolo vai consertar os juros, mas precisa de tempo”, mas não custa lembrar as críticas ácidas ao ex-presidente Roberto Campos Neto por manter a taxa de juros em 10,5% ao ano. Não custa lembrar que Campos Neto foi eleito o melhor presidente de Banco Central no mundo, no momento da pandemia e o problema de taxas de juros elevado (falei aqui na semana passada) está associada com a dívida pública. A velocidade com que a dívida pública cresce. Isso é um problema e só o executivo poder resolver, no entanto, não há sinais de boa vontade.
Um fato precisa ser esclarecido para acomodar as expectativas das pessoas: o efeito da redução da taxa de juros não se transmite imediatamente, ou seja, se o COPOM reduzir a taxa de juros hoje, não será amanhã que a economia será ajustada. Primeiro porque os investidores aplicaram seus recursos a uma taxa mais alta e aí precisam avaliar se vale a pena trocar seu portfólio. Além disso, é preciso que haja sinalização de controle fiscal, por parte do governo, para que melhore a crença no ajuste econômico.
Há outras coisas que precisamos entender e ajustar: segundo o IBGE fechamos o ano com uma taxa de desemprego de 6%, o que é muito bom. No entanto, dados do Ministério do Trabalho e Emprego registram 7,44 milhões de requisições de seguro-desemprego, em 2024, sendo a maior quantidade já registrada nos últimos 8 anos. Em 2025, é provável termos um cenário pior devido a necessidade de redução da atividade econômica.
A derrocada da economia brasileira teve início com a equipe de transição do governo, chefiada pelo atual vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. A prerrogativa era garantir, dentre outras coisas, recursos para pagar R$ 600,00 no programa do Bolsa Família, embora o rombo orçamentário tenha se desenhado ali, ninguém do novo governo, principalmente, o presidente eleito, demonstrou qualquer preocupação com isso, da mesma forma que, até o momento, não se demonstra uma gota de remorso.
Existe um equívoco muito grande no governo brasileiro – nas três esferas – que é determinar o volume de receita baseado nas despesas e com isso, forja-se uma arrecadação irrisória, pura e simplesmente, para atender uma necessidade orçamentária. No final das contas, gasta-se mais do que se arrecada e, enquanto, os gestores não entenderem que esse ciclo precisa ser quebrado, as consequências são imediatas. Foi assim, quando o governo anunciou um pacote de medidas tributárias e o mercado não deu crédito ao que estava sendo apresentado. Numa semana, o dólar atingiu R$ 6,27, a gasolina foi vendida, em média, a R$ 6,37 por litro e a Câmara de Deputados aprovou o lado mais trágico, mais cruel da reforma que foi fixar o aumento do salário-mínimo à inflação anula acrescida de 2,5%. Essa proposta não é da Câmara, mas do governo.
Diante de um cenário de absoluta irresponsabilidade fiscal, caberia fazermos um breve exercício: suponha que você ganha R$ 1.000,00 e deve R$ 870,00 da sua renda. Isso vai de deixar com R$ 130,00 para passar o mês e manter seu consumo, mas você sabe que esse valor não é suficiente e, então, você decide tomar dinheiro emprestado. Os bancos irão olhar teu comprometimento de renda, mas confiam, ainda, que você não ficará inadimplente e por isso, eles irão te emprestar dinheiro, mas cobrarão uma taxa de juros mais elevada, para compensar o risco dessa operação.
Agora, olhe para caixa do Tesouro Nacional e pense que a dívida pública está pertinho dos 80%, ou seja, o governo não tem recursos para financiar suas necessidades e precisa tomar dinheiro emprestado, mas os investidores não vão querer se arriscar por uma taxa de juros pequena. Então, para atrair recursos, o governo eleva a taxa de juros. Ao fazer isso, o governo diz que está “promovendo a desaceleração” na economia porque o emprego está alto e há pressões inflacionárias. Você pode até acreditar que apenas isso é motivo, no entanto, é importante lembrar que o PIB de um país se constitui de 4 variáveis: consumo das famílias, investimentos privados, gastos do governo e exportações líquidas.
O consumo das famílias é a variável mais importante nessa equação, no entanto, não é o que justifica a aceleração da economia. O desemprego está baixo, mas se isso é verdadeiro, por qual motivo a previdência não reduz o seu déficit? Se há mais pessoas com carteira assinada, então a contribuição dessas pessoas atenuaria o déficit previdenciário, mas não é isso que se vê. Tem uma explicação simples: a forma de apurar o desemprego talvez não seja fiel à realidade. Mas, o que faz a economia crescer: os gastos do governo. Essa teoria de que o governo precisa gastar para dinamizar a economia, foi proposta por Jonh Maynard Keynes, em 1936. Isso é saudável fazer quando há equilíbrio fiscal.
A consequência de tudo isso é uma só: a economia brasileira segue a passos largos na direção do abismo. O governo prepara, para o início desse ano, um contingenciamento orçamentário que vai afetar setores importantes como saúde e educação. Nesse instante, o governo só se preocupa em taxar, quando o mais lógico seria cortar despesas. Reduzir a quantidade ministérios, colocar pessoas competentes para administrar as estatais que estão acumulando rombos da ordem de R$ 6,7 bilhões, segundo a Secretaria do Tesouro Nacional.
De forma bem resumida: ou o governo muda sua forma de agir ou o Brasil vai entrar num túnel sem luz e sem fundo.
A Secretaria de Segurança Municipal (SSM), por meio da Defesa Civil de Caruaru, informa que, em cumprimento a uma recomendação