Por decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PDT permanece no comando do Ministério da Previdência Social do Brasil, mesmo com a enxurrada de questionamentos e críticas realizadas pela imprensa e a oposição ao governo petista, após o escândalo bilionário no INSS, agora não mais com Carlos Lupi, mas sim, com Wolney Queiroz, como ministro.
Mas apesar da chancela do presidente em relação à troca de comando, nem de longe, o assunto parece ter esfriado e a cada raiar do dia, após a nomeação de Wolney, algum episódio novo envolvendo o ministro da vez tem tomado as manchetes em todo o país. Nessa terça-feira (06), por exemplo, o ex-presidenciável pelo PDT, Ciro Gomes, desceu a lenha em desfavor da nomeação de Wolney Queiroz, que exerceu a função de secretário executivo, durante a gestão Lupi na Previdência.
“Ora, e o que o Lupi fez de omissão que o secretário executivo do ministério, nada mais, nada menos que o responsável pela gestão do ministério, deixou de fazer igual? Isto é envergonhante para mim. Eu fico morto de vergonha e acho uma indignidade inexplicável”, questionou.
“Na medida em que o Lula queima, frita o Lupi e nomeia o seu braço direito para o lugar, ele está apenas conseguindo subornar vocês, da imprensa. Por quê? Qual é a culpa do Lupi se não uma responsabilidade remota, que cabe ao Lula, política, não dolosa e tal?”, acrescentou, Ciro, ao também afirmar que Lupi é um “homem sério”.
Em paralelo à nomeação de Wolney, ainda nessa terça, o PDT decidiu deixar a base de apoio do presidente Lula, na Câmara dos Deputados. A sigla, por unanimidade, optou por adotar uma postura de independência em relação ao governo lulista.
A mudança de postura dos pedetistas na Câmara se deu em decorrência da insatisfação desses parlamentares – num total de 17 – após a saída de Carlos Lupi. Com a nova posição, o partido não seguirá automaticamente as orientações do governo e votará conforme seus próprios critérios.
Ou seja, robustecendo ainda mais uma relação, que parece, cada vez mais insustentável entre ambos.
Esquema no INSS em pauta na Câmara
O esquema bilionário de fraude no INSS também repercutiu na Casa Jornalista José Carlos Florêncio, com vereadores utilizando a tribuna para comentar sobre o maior assunto político da vez, durante a sessão ordinária, dessa terça-feira (06). Jorge Quintino foi um dos criticou a suposta inércia do Governo Federal para com a resolutividade do problema.
“Em 2023 houve quem dissesse, com todas as letras, que algo errado estava acontecendo. E sabe o que aconteceu depois? Nada! Absolutamente nada! Os que tinham conhecimento do problema, preferiram se omitir, calaram-se diante de um escândalo que já dava sinais claros de que estava em curso”.
Outro a questionar a postura do governo em relação ao esquema foi Cabo Cardoso. “A Justiça é válida, tem que ser feita e ninguém está acima da lei. O combate tem que ser dado e bandido tem que estar preso. O Nº1 sabia do escândalo de corrupção, mas ficou caladinho. É um efeito cascata e vai cair de um em um. Se roubou, tem que ir para cadeia!”.
Audiência Pública
Também durante a sessão, o vereador Jorge Quintino anunciou a apresentação de um requerimento para realização de audiência pública sobre as irregularidades constatadas, no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Ele mencionou a operação conjunta da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União, que identificou um esquema bilionário de fraudes contra aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024.
Hospital da Mulher
O presidente da Câmara de Vereadores de Caruaru, vereador Bruno Lambreta (PSDB), utilizou a tribuna na sessão desta terça-feira (06), para destacar a entrega do Hospital da Mulher de Caruaru, marcada para acontecer, nesta sexta-feira (09), pela governadora de Pernambuco, Raquel Lyra. “Não só Caruaru, mas também todo Pernambuco esperou por esse equipamento, até porque a obra foi iniciada em 2012 e somente, agora, depois de uma decisão política, ele será entregue por uma mulher, a governadora Raquel Lyra!”.
