A vereadora recifense Kari Santos (PT) afirmou ter recebido uma onda de ameaças de morte nas redes sociais após exibir, na sessão da Câmara Municipal da última terça-feira (25), uma pequena gaiola com a foto de Jair Bolsonaro (PL). A ação fazia referência à condenação do ex-presidente a 27 anos e 3 meses de prisão.

O vídeo da performance, publicado no perfil da parlamentar com a frase “Bolsonaro preso”, viralizou e desencadeou ataques virtuais. Segundo Kari, mensagens anônimas passaram a desejar que ela e familiares fossem “esfaqueados” ou “eliminados”.

Ela afirma que tornou o caso público devido ao volume “significativo” das agressões. “Recebi ameaças de morte, algumas veladas, outras explícitas, envolvendo novamente minha família, além de injúria, calúnia e xenofobia”, relatou.

Para a vereadora, o alcance da postagem fora de sua bolha de seguidores impulsionou a escalada de ataques. “Divergências políticas são normais numa democracia. O que não é normal são as ameaças que recebi”, afirmou.

Kari disse não ter previsto tamanha reação: “As pessoas podem expressar suas opiniões, mas não podem me ameaçar. É um recado pedagógico. E eu não tenho medo de bolsonarista. Vou seguir com minhas agendas normalmente.”

Em nota divulgada na quarta-feira (26), o diretório estadual do PT manifestou apoio à vereadora e classificou as ameaças como resultado da “política do ódio” fomentada por setores da extrema-direita, que, segundo o partido, tentam intimidar vozes em defesa da democracia.

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