Celebrado mundialmente sempre a cada 8 de março, o Dia Internacional da Mulher aporta no Calendário 2025, neste sábado, chamando a atenção para sua origem diretamente relacionada às lutas das mulheres por direitos trabalhistas, igualdade salarial, condições dignas de trabalho e participação política.
Em relação a este último aspecto é sabido, que ao longo dos últimos anos, a presença feminina no que se refere a ocupação de cargos públicos eletivos espalhados pelo planeta até que obteve certa evolução, porém ainda deixa muito a desejar tamanha importância e representatividade delas para sociedade.
De acordo com levantamento realizado pela ONU Mulheres, atualmente, apenas 7% dos parlamentares ao redor do mundo são mulheres. Em uma amostra de 39 países que mantém dados sobre o tema ao longo do tempo, apenas 15 registraram aumento no número de mulheres eleitas, enquanto 24 experimentaram declínio.
Além disso, das 31 eleições presidenciais realizadas em 2024, apenas cinco elegeram mulheres como chefes de Estado – Islândia, Moldávia, México, Namíbia e Macedônia do Norte. Nos três últimos, essa foi a primeira vez que uma candidata do sexo feminino assumiu a presidência.
No Brasil, o cenário não é diferente em comparação com os países espalhados pelo mundo. Mesmo representando mais da metade da população e do eleitorado brasileiro, as mulheres ainda ocupam um número reduzido de cargos políticos e de liderança. No Congresso Nacional, apenas 17,7% das cadeiras são ocupadas por mulheres, um número muito inferior ao ideal para garantir uma representatividade equilibrada.
Que a data novamente seja vivenciada para evidenciar a imprescindível participação de mais mulheres nas decisões e nos comandos políticos, deste país, ainda carente de ações mais voltadas para elas.
A 1ª Governadora
Desde 2023 que Pernambuco está sendo governado por uma mulher, Raquel Lyra, que ganhou notoriedade nacional por sua gestão inovadora e voltada para melhorar as vidas dos pernambucanos. Com governo aprovado por 51% da população, a governadora está prestes a trocar de partido passando do PSDB para o PSD, embora a sua principal sigla permanecerá sendo a de PE. Ao longo de sua trajetória política, Raquel também foi a primeira mulher eleita prefeita de Caruaru e, logo após, reeleita. Foi deputada estadual por dois mandatos, bem como secretária de Infância e Juventude. É considerada hoje é um dos principais exemplos exitosos da mulher na política em todo o país.
A 1ª Vice-prefeita
Nas eleições municipais 2024, Caruaru elegeu pela primeira vez na sua história, uma vice-prefeita: Dayse Silva. Assistente social de formação e ex-secretária municipal de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, a atual vice do prefeito reeleito Rodrigo Pinheiro, já é considerada uma força política feminina da região Agreste, levando consigo a importância do papel da mulher na política e sociedade. “Hoje, me sinto honrada em saber que através do voto de muitas mulheres me tornei a primeira mulher eleita vice-prefeita de Caruaru e saibam que vou retribuir cada voto de confiança com muito trabalho e dedicação pelos caruaruenses”, destacou Dayse.
A prefeita mais jovem
Mirella Almeida é outra política mulher que vem obtendo destaque no panorama político pernambucano. Aos 30 anos, ela foi eleita prefeita de Olinda, nas eleições municipais 2024, se tornando a pessoa mais jovem a ocupar o cargo. Ela chefiou diversas secretarias municipais nos dois mandatos do ex-prefeito de Olinda, Professor Lupércio (PSD), que estava no cargo desde 2017. “Nossa gestão é de muito trabalho e união por Olinda. Com fé no futuro e bastante dedicação, estamos governando para todos e garantindo que a cidade siga andando para frente”, destacou.
A prefeita reeleita
Reeleita como prefeita de Serra Talhada, nas eleições municipais 2024, Márcia Conrado é outro belo exemplo da participação feminina ativa na política pernambucana. Antes de comandar os destinos de Serra – um dos principais municípios do Sertão do Estado -, ela foi secretária de Saúde do município por seis anos, exercendo uma gestão exitosa, voltada para a ampliação dos equipamentos e dos serviços de saúde para atender a população.