O Sport vive dias tensos no Campeonato Brasileiro. Sem saber o que é vitória nas primeiras nove rodadas e segurando a amarga lanterna da competição, o Leão encara uma sequência que pode ser decisiva para definir os rumos do time antes da pausa para o Mundial de Clubes. Pela frente, dois confrontos que soam quase como “finais antecipadas”: Internacional, neste domingo, e Mirassol na sequência. E a urgência pela primeira vitória já não cabe mais só no discurso precisa se transformar em realidade dentro de campo.
O duelo contra o Internacional acontece na Ilha do Retiro, e o Sport aposta tudo no fator casa e no empurrão da torcida para, enfim, desencantar no Brasileirão. Pelo menos uma boa notícia: o centroavante Pablo está de volta, recuperado de um desconforto muscular. Um reforço que pode ser crucial para um time que, até aqui, somou apenas dois pontos em nove jogos, desempenho que preocupa qualquer rubro-negro. Para se ter ideia, o primeiro time fora da zona de rebaixamento, o Vitória, já tem nove pontos, ou seja, sete a mais que o Leão.
Após encarar o Mirassol, no próximo dia 1º de junho, o Sport só volta a campo no final de semana de 12 ou 13 de julho, contra o Juventude data ainda a ser confirmada. Ou seja, ou o time reage agora, ou passará mais de um mês convivendo com a pressão e a sombra do rebaixamento. O Internacional também tem suas preocupações embora bem menos dramáticas que as do Leão. O técnico Roger Machado resolveu preservar ao menos cinco titulares, de olho no confronto decisivo da Libertadores contra o Bahia na próxima semana.
Estão fora da viagem nomes de peso como Vitão, Fernando, Bruno Henrique, Alan Patrick e Wesley, na prática, o Inter vem enfraquecido? Sim. Isso ajuda o Sport? Deveria. Mas fica o alerta: até aqui, o Sport não conseguiu se impor nem contra times completos, nem contra desfalcados. Portanto, a resposta precisa vir de dentro de um time que, se quiser seguir respirando no campeonato, precisa começar sua reação já, na Ilha, diante da sua torcida.
Náutico Vacila nos Aflitos e Se Complica na Série C
O Náutico desperdiçou mais uma grande oportunidade de reagir na Série C. Jogando nos Aflitos, na noite deste sábado (24), o Timbu estreou seu novo uniforme, mas quem desfilou foi a Ponte Preta, que venceu por 1 a 0, em partida válida pela sétima rodada da competição.
O roteiro foi daqueles que o torcedor não quer mais ver: jogo em casa, adversário com um a menos desde o primeiro tempo e, mesmo assim, derrota amarga. A Ponte perdeu Léo Oliveira, expulso ainda na primeira etapa, e viu o goleiro Muriel também levar cartão vermelho no início do segundo tempo. Mesmo com essa vantagem numérica por boa parte do jogo, o Náutico foi incapaz de transformar posse em perigo real.
A famosa “falta de efetividade” virou sina. O time alvirrubro até tentou, mas esbarrou na própria limitação técnica, na pouca criatividade e, mais uma vez, na dificuldade em ser agressivo no setor ofensivo. Como castigo, Everton Brito apareceu aos 41 minutos do segundo tempo e, numa das poucas chances claras da Ponte, mandou para a rede e selou a vitória paulista.
Pra piorar o cenário, além da derrota, o Náutico também teve que lidar com problemas físicos. Bruno Mezenga saiu machucado, dando lugar a Leonardo, e Arnaldo também sentiu a coxa, deixando o time com dois jogadores a menos, já que Hélio dos Anjos não tinha mais substituições.
O resultado acende de vez o sinal de alerta. O Timbu permanece fora do G-8, ocupando a 10ª colocação, com apenas oito pontos, e ainda pode perder mais posições até o fim da rodada. Do outro lado, a Ponte Preta segue soberana na liderança, com 16 pontos, e vai se consolidando como favorita à vaga direta.
O Náutico agora junta os cacos e se prepara para o próximo desafio: encara o ABC, fora de casa, no próximo sábado (31), às 17h, em Natal. A missão é clara: ou reage, ou o sonho do acesso começa a virar pesadelo.
Santa Cruz tem baixa importante, mas segue focado para manter a liderança na Série D
Pela sexta rodada da Série D. Além de não contar com o volante Israel, que cumpre suspensão, o técnico agora também perde o atacante Thiago Galhardo, que sentiu um desconforto muscular e, por precaução, será poupado pela comissão técnica.
A ausência de Galhardo é, sem dúvida, um baque, especialmente para um setor ofensivo que começava a ganhar mais entrosamento. A missão de comandar o ataque coral ficará nas mãos de Pedro Henrique, atacante de 27 anos que, até aqui, fez apenas uma partida na temporada — justamente na vitória contra o Central, no último fim de semana. É aquele típico cenário de “oportunidade de ouro” para quem quer provar que merece mais minutos.
Mesmo com os desfalques, a expectativa é de que o Santa siga mantendo a pegada que o colocou na ponta do Grupo A3, onde lidera com autoridade: 13 pontos e invicto na competição. Do outro lado, o Sousa-PB, que não vive bom momento, amarga a sexta colocação com apenas quatro pontos, e joga em casa pressionado por uma necessidade urgente de reação.
O jogo acontece no hoje (25), às 16h30, no Marizão, e, apesar das ausências, o Santa tem totais condições de buscar mais três pontos e seguir soberano no grupo. Para isso, precisará repetir a solidez defensiva e, principalmente, encontrar soluções no ataque, mesmo sem seu principal nome na referência ofensiva.
Central tenta recuperação para continuar sonhando na série D.
Depois da derrota contra o Santa Cruz, o Central sabe que não há mais espaço para vacilos na Série D. Neste domingo, a Patativa tem uma ótima chance de se recuperar e retomar o caminho das vitórias: enfrenta o Horizonte, adversário que vem sendo, até aqui, um dos piores desempenhos do grupo.
O time cearense carrega uma marca nada animadora: tem o pior aproveitamento anual entre os clubes do Grupo A3. E mais não sabe o que é vencer fora de casa desde janeiro, o que acende o sinal verde para o Central acreditar que, dentro dos seus domínios, pode (e deve) se impor.
Por outro lado, o Horizonte também vê no duelo uma oportunidade de ouro para, enfim, engrenar na competição. Mesmo pressionado, o time cearense quer aproveitar qualquer brecha para se aproximar da zona de classificação para o mata-mata.
Mas a verdade é que, se quiser realmente brigar pela vaga, o Central precisa fazer valer sua tradição, colocar a bola no chão e assumir o protagonismo da partida. O torcedor espera uma resposta rápida e nada melhor do que reagir justamente contra quem vem mal na temporada.