Ação no Ceasa realiza exames gratuitos e reforça importância do diagnóstico precoce do câncer de mama e colo do útero

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O pátio do Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco (Ceasa) se transformou, nesta sexta-feira , em um espaço de cuidado e informação para dezenas de mulheres que participaram de mais uma edição da ação promovida pelo Instituto Cristina Tavares de Apoio ao Adulto com Câncer (ICT) em parceria com o Centro Diagnóstico Lucilo Ávila. A ação envolveu a realização de exames gratuitos de mamografia, ultrassonografia e Papanicolau, além de um bate-papo sobre prevenção e diagnóstico precoce dos cânceres de mama e colo do útero, conduzido pela médica oncologista Christiane Violet, fundadora e presidente do Instituto, pela radiologista Mirela Ávila.

A iniciativa, que acontece anualmente desde 2021, é fruto da parceria entre o ICT e o Centro Diagnóstico Lucilo Ávila, com apoio da Associação dos Usuários e Comerciantes do Ceasa (Assucere). O encontro contou ainda com a presença da ouvidora da Secretaria da Mulher do Estado, Lucia Gominho, do diretor técnico-operacional do Ceasa, Charles Gultiergues, do empresário Euclides Paiva, da ouvidora do Ceasa, Tuliane Wanderley, e da radiologista mamária Dra. Mirela Ávila, diretora médica do Centro Diagnóstico Lucilo Ávila.

Diagnóstico precoce salva vidas

As mulheres tiveram acesso ao exame clínico das mamas e ao preventivo ginecológico (Papanicolau), realizados pela ginecologista Eugênia de Albuquerque, dentro do projeto Preventivo Móvel, criado pelo Instituto Cristina Tavares. Casos que necessitaram de exames complementares receberam vouchers para mamografia e ultrassons, exames disponibilizados gratuitamente pelo Centro Diagnóstico Lucilo Ávila.

“Essa ação já acontece há quatro anos. Começou logo após a pandemia, diante do aumento dos casos de câncer de mama e de colo do útero. A proposta surgiu com a Dra. Mirela, do Lucilo Ávila, e desde então unimos forças entre o setor privado e o terceiro setor. A gente separa os casos que precisam de uma avaliação melhor, ou seja, uma mamografia, um ultrassom, e o Lucilo Ávila preenche essas necessidades. A parceria vai durar muitos anos”, afirmou a oncologista Christiane Violet.

Dra. Mirela Ávila destacou o compromisso do Centro Diagnóstico com o acesso à saúde. “Participar de ações como o mutirão de biópsias de mama é parte fundamental do nosso propósito. (…) Acreditamos que cuidar da saúde é um direito de todos e, por isso, promovemos iniciativas que ampliam acesso ao diagnóstico precoce do câncer de mama. Cada exame representa uma oportunidade de acolher e transformar vidas”.

Histórias que inspiram

Entre as mulheres atendidas durante a ação social, algumas destacaram a importância do evento para quem trabalha diariamente no Ceasa e nem sempre consegue tempo para cuidar da própria saúde. A comerciante Damiana Maria da Silva, de 63 anos, moradora do Varadouro, em Olinda, que trabalha há um ano com vendas de feijão no Ceasa, contou que aproveitou a oportunidade ao saber da ação. “Vi o anúncio e vim fazer. Faz dois anos que fiz meu último exame. Sempre faço exames, porque minha irmã teve câncer de mama e precisou tirar o seio. A gente tem que se cuidar”, disse.

Para Andréa Maria, de 52 anos, que faz o exame há 3 anos na sede da Assucere, a ação é uma chance de acesso e acolhimento. “É muito bom, principalmente para a gente que trabalha aqui, corre tanto e não tem tempo. Muitas vezes não pensamos na gente. Minha mãe faleceu com câncer. Eu tive um nódulo e consegui encaminhamento para fazer os exames. É muito difícil e caro. Eu só saio daqui quando acabar”, afirmou.

Já Anne Santos, de 50 anos, aproveitou o convite de uma amiga para participar. “Fiz meu exame há três anos. O câncer de mama às vezes está lá e a gente não descobriu. É silencioso, e quando sente alguma coisa pode ser tarde. Se a gente quer viver com saúde,tem que se cuidar. Eu sou hipertensa, estou saindo de uma depressão, crise de ansiedade, então estou me cuidando, fazendo exercícios, preventivo”, contou.

Parcerias que geram impacto

A ação integra as iniciativas do Outubro Rosa e reforça o papel das parcerias entre o poder público, o setor privado e as organizações sociais na ampliação do acesso ao diagnóstico precoce. “Partindo da primícia de que o diagnóstico precoce é o segredo da cura do câncer, se você não diagnosticar precocemente, diminui bastante as chances de conseguir a cura”, completou Christiane Violet.

O câncer de mama é o tipo mais comum entre mulheres no Brasil (excluindo o de pele não melanoma), e a detecção precoce continua sendo o principal fator para reduzir a mortalidade. A mamografia anual, a partir dos 40 anos, e a atenção a sinais de alerta e histórico familiar são fundamentais para o rastreio. A prevenção envolve também hábitos de vida saudáveis, acompanhamento médico regular e conhecimento sobre os fatores de risco, pois quanto antes a doença for identificada, maiores são as chances de tratamento eficaz e cura.

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